Celebro o escuro
Abismo das coisas
Que nos movem.
Deixo o tempo cortar
O que restou do espaço
Que separa.
Acendo a chama do perigo
Entre a areia e a praia.
Quebro com meu martelo de ar
O maniqueísmo dos mundos
Festejo na lama com os porcos
A liberdade dos Efebos.
Do outro lado a luz incessante
Do passado vem quebrar na orla
O presente e o erótico eflúvio
Do futuro explode no ar, borrifado.
Pesco do fundo de mim outro
Homem que nunca fui e reponho
Sob sua face a máscara que sempre
Me pertenceu.
Deixo de ser eu para ser eu.
Celebro o escuro
Abismo das coisas
Que nos movem.
.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
todas essas coisas escuras me lembram muito o recinto onde vc foi criado!
...like a dark place...
.]
Postar um comentário