segunda-feira, 2 de março de 2009

Staring at the sun


A verdade é que nós nunca conhecemos o mundo lá fora, pois estamos tão ocupados tentando conhecer esse mundo aqui dentro de nós, que quase não sobra tempo para escalar outros muros, outras liberdades. Eu descobri que você só pode sentir a vida se você olhar diretamente para o sol, até seus olhos arderem de caos e serenidade. Sentir o cheiro do mundo até você perceber que tudo aquilo que te escondeu foi na verdade aquilo que te distanciou de você mesmo. Tocar todas as cores até sua pele sentir o arrepio das sensações humanas. Agradecer ao caótico e ordenado universo que te colocou aqui para que você descubra suas próprias verdades. Olhar além das cidades, além dos arranha-céus que escondem o mundo de você. Sentir nos desertos e nas florestas não o mal-estar do fim do mundo, mas sim reverberar por se sentir em casa. Nós não somos feitos para as cidades, caso fossemos, sentiríamos o bem-estar de estar aqui, escondido por detrás dos tijolos e argamassas. Mas não, esse nunca foi o nosso destino. O nosso destino é a liberdade, aquela liberdade que conecta o mundo desordenado do eu, com o mundo desordenado lá fora e assim, poder sentir que a vida é muito mais do que ela aparenta ser. Poder sentir que dentro do caos está a ordem, e por dentro da ordem está o caos. É impossível conhecer todas as estrelas no céu, mas é possível conhecer todas as estrelas na terra. Caminhar em direção ao sol, arder no sol, sentir o sol fecundar a pele e queimar toda a incerteza do sentido. A vida não exige sentido, posto que o único sentido que ela pode ter é aquele que damos à ela.



.

3 comentários:

Anônimo disse...

...o sentido que damos a ela...perfeito...afinal, a vida eh o q queremos que seja...
E, na duvida, eh buick...

alex.n disse...

Caos calmo ou não... dear, dear, dear em construção!

alex.n disse...

Estamos todos alias...