sexta-feira, 26 de junho de 2009

Consuma sua vida!

E o mundo se fecha e se abre, em constantes mutações.
São vozes, rostos e gestos que se misturam como ingredientes
e formam receitas conhecidas. A vida passa como uma linha através
de nossas intenções e tece uma esperança. Uma esperança de poder
deslumbrar um futuro jubiloso, onde você amará os seus dias e fará deles
o que realmente são: seus únicos dias.

Se a morte chegará para todo organismo que pulula sobre a terra
e ela será irremediável, só resta a este organismo uma tarefa:
Consumir a vida como um animal sedento por água que se joga dentro
de um lago e faz dele parte de seu próprio corpo.

Consuma sua vida!
Consuma sua vida!
Consuma sua vida!

e construa um destino que você possa amar.

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terça-feira, 23 de junho de 2009

Strings


Existe um magnetismo na pele que faz cada criatura viva procurar por uma outra sobre a terra. Somos impelidos a praticar simbioses a todo momento, pois, de fato, esse desejo que existe de complementação cria em todos nós a ilusão de não bastarmos a nós mesmos. A busca pela emancipação auto-suficiente está em um campo de batalhas lutando contra os soldados do desejo. Mas, como na história, é Waterloo quem ganhará, e Napoleão sairá derrotado e com um sentimento de pequenez que, mais uma vez, o fará buscar no outro a parte perdida de si próprio.

Se somos, de fato, tão incompletos por natureza, o nascimento então é a alavanca de Arquimedes, que fará o ser recém-nascido procurar pelo outro o resto de seus dias. O mais assustador nessa procura incessante por partes perdidas é que, secretamente, sabemos que nenhuma parte foi perdida, mas precisamos inventá-las para justificar em posição de honra a nossa dependência. Primeiro dependemos das pessoas, depois depositamos o destino de nossas vidas nas mãos de seres invisíveis, mas nunca, nunca obtemos a detenção de nossos atos e os fazemos nossos, pois é do senso-comum acreditar que os pensamentos e as ações são efeitos das cordas metafísicas que condicionam nossas vidas.
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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Shake It! But, don´t wait anything.

Havia um homem parado diante dele mesmo. O homem parado sentia um estranho movimento dentro de si. O movimento dentro do homem se movia por sentir uma sensação de objetivo. O objetivo dentro do movimento dentro do homem se sentia estranhamente sem objetivo. Sabe por que? Porque nem o homem, nem o movimento e nem o próprio objetivo do movimento sabiam sequer do significado de tudo isso! É assim na vida. Ninguém sabe porque se mexe tanto, nem mesmo o próprio movimento.

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Primeiro pensamento do dia

Existe a dor. Nós sentimos a dor, e estamos sempre correndo dessa dor. Mas essa dor é aquilo que carregamos de mais humano e ela não pode ser considerada uma besta que persegue o homem, pois essa dor é o próprio homem. Corremos tanto de nós mesmos!

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