terça-feira, 22 de dezembro de 2009

There's a fade.

A família que lhe falta. A luz que lhe falta. O prazer que lhe falta. O prazer à vida. Há o fio que. Há o fio que nos. Há o fio que nos une. Há o nó. Há o nó na garganta. Palavra engarrafada. Há o fado. Há a dor que irrompe. Há a dor que irrompe do fluxo. Do fluxo contínuo da vida há a dor que irrompe. Há a dor que irrompe do fluxo contínuo da vida e arrasta, e arrasta mundo a fora nossa história. Que somos? Que somos além do resto, do resto da chuva? Que somos? Que somos além de fins? Fins. Fins. Fins.

Ferida Negra.
Tarde Negra.
Pássaros Negros.

O olho do pirata.

Quem me tirou. Quem me tirou enquanto eu dormia. Quem me tirou enquanto eu dormia e me arrastou para fora de meu corpo. Quem me tirou agora sabes. Agora quem me tirou sabes. Sabes que eu não sou nada além de meu corpo. Doença que voa. Que voa através do dia, uma doença. Há em ti o indescritível. Há em mim o inominável. Feitos um contra o outro. Feitos um contra o outro. A família que me falta. A luz que me falta. O prazer que me falta. O prazer à vida. Há o fio que. Há o fio que nos. Há o fio que nos une.

Filtro de outro.
Filtro de ouro que revela a geometria insuportável.
Há a geometria insuportável do mundo.



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Um comentário:

Wellington disse...

O exercício. A repetição. O exercício diário da repetição. O repetitivo exercício diário. O repetitivo exercício diário da repetição.